Entre os destaques positivos, figuram três municípios do Centro-Oeste e cinco do Sudeste
Fundamental para a vida, a água potável é um recurso que nem todos os cidadãos brasileiros têm acesso. No país, ainda existem 33 milhões de habitantes que sofrem com a ausência do recurso hídrico. Para além desse cenário, o Brasil apresenta uma grande ineficiência no controle de perdas de água tratada, em que mais de 40% da água é desperdiçada antes de chegar nas residências do país – como aponta o estudo de Perdas de Água 2023 (SNIS 2021), divulgado em junho pelo Instituto Trata Brasil.
Apesar dos números nacionais serem preocupantes, existem cidades que têm como prioridade o controle das perdas de água e são exemplos positivos para outros municípios do país. O estudo lançado pelo Trata Brasil mostra que oito dos 100 maiores municípios do país já se encontram nos padrões de excelência estabelecidos como meta para 2034 pela Portaria 490/2021 do MDR, ou seja, 25% em perdas na distribuição (IN049) e de 216 L/ligação/dia em perdas volumétricas (IN051).
Entre os municípios nos padrões de excelência, três são da região Centro-Oeste e cinco do Sudeste, sendo esses: Aparecida de Goiânia (GO), Goiânia (GO), Campo Grande (MS), Petrópolis (RJ), Campinas (SP), Limeira (SP), São José do Rio Preto (SP) e Taboão da Serra (SP).
QUADRO 1 – MUNICÍPIOS COM PADRÕES DE EXCELÊNCIA EM PERDAS DE ÁGUA
Para classificar os exemplos positivos, o relatório faz uma avaliação conjunta dos indicadores de perdas na distribuição e de perdas volumétricas, o que permite um diagnóstico mais preciso da situação das perdas na região analisada.
Casos como esses devem ser exemplos na busca de fomentar políticas públicas, projetos e inovações, visando a implantação de programas estruturados de redução de perdas de água. A universalização do saneamento básico está diretamente atrelada aos esforços para eficiência no controle de perdas de água, ou seja, o combate às perdas será imprescindível para o acesso pleno do recurso a todos os brasileiros.