Niterói foi destaque no evento do Instituto Trata Brasil, “Avanços em Saneamento Básico 2015, pelo desempenho positivo em parcerias setor público e setor privado.
A cidade de Niterói, no Rio de Janeiro, ocupa a 23ª posição no Ranking do Saneamento 2022 das 100 maiores cidades do país.
O abastecimento de água ocorre para 100% da população da cidade, e 95,6% da população tem coleta de esgoto. O índice de tratamento de esgoto é de 100%.
Abaixo é possível observar os indicadores de saneamento disponíveis no SNIS – Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento.
Ano | Indicador de atendimento total de água (%) | Indicador de atendimento total de esgoto (%) | Indicador de Esgoto Tratado por água consumida (%) |
2014 | 100 | 93,00 | 94,92 |
2015 | 100 | 93,10 | 100 |
2016 | 100 | 94,78 | 100 |
2017 | 100 | 94,81 | 100 |
2018 | 100 | 95,34 | 100 |
2019 | 100 | 95,55 | 100 |
2020 | 100 | 95,6 | 100 |
O INSTITUTO TRATA BRASIL ENTREVISTOU O GRUPO ÁGUAS DO BRASIL, RESPONSÁVEL PELOS SERVIÇOS NO MUNICÍPIO. LEIA NA ÍNTEGRA:
Que esforços você destacaria como fatores mais importantes na gestão do saneamento local e que fizeram com que se chegasse a esta posição tão boa?
Desde que assumiu a concessão, em novembro de 1999, a concessionária Águas de Niterói vem realizando alto investimento e boa gestão dos recursos materiais e, principalmente, pessoais na prestação dos serviços de abastecimento de água tratada e coleta e tratamento de esgoto. Desta forma, destacamos também a aproximação e o trabalho em parceria com os poderes públicos e representantes da sociedade civil organizada, visando ao atendimento eficiente de todas as demandas operacionais, bem como a valorização da sua equipe profissional. Em sua atuação no município de Niterói, a concessionária sempre primou pela excelência operacional, com responsabilidade socioambiental em prol da melhoria da qualidade de vida da população com foco na universalização dos serviços.
Quais desafios e problemas vocês enfrentaram para a melhoria do saneamento básico da cidade? Como resolveram para chegar nos indicadores atuais?
O principal desafio é a implantação dos serviços nas áreas de aglomerados subnormais, em virtude dos muitos fatores externos que influenciam na relação com esses clientes. O foco da concessionária é estreitar sua relação com a comunidade por meio do setor de Comunidades, criado exclusivamente para esse objetivo, com uma equipe de profissionais que atende estas áreas. É importante ressaltar a implementação do projeto “Comunidade Legal”, que tem oferecido diversos serviços comerciais diretamente dentro das comunidades, com destaque para negociação de débitos, troca de titularidade, inclusão de tarifa social, solicitação de ligações novas de água e esgoto, serviços operacionais, entre outros. Um grande problema a ser citado é a má utilização do sistema coletor de esgoto por parte de alguns clientes que descartam resíduos “não sanitários” de forma irregular, comprometendo o funcionamento do sistema e exigindo adoção de procedimentos além daqueles previstos.
Investimentos sem uma boa gestão não trazem resultados. E o oposto? É possível ter sucesso com pouco recurso financeiro?
Cada caso deve ser analisado individualmente. No entanto, a gestão com certeza é fator preponderante para o sucesso de qualquer negócio.
Que conselhos vocês dariam aos gestores e empresas operadoras de outras cidades para que consigam melhorar os indicadores de saneamento?
Com base na experiência adquirida desde o início da concessão dos serviços, citamos como principais iniciativas: identificação das necessidades locais; investimento em tecnologias; capacitação e valorização profissional; parceria com entes públicos e privados; gestão compartilhada; rigoroso atendimento a normas técnicas e ambientais; atendimento eficiente das demandas operacionais e comerciais; entre outros.