No caminho da universalização, o estado tem sete cidades presentes entre as 25 melhores no Ranking do Saneamento 2024
No final do mês de março, o Instituto Trata Brasil, em parceira com a EX Ante Consultoria, publicou o estudo “Benefícios Econômicos da Expansão do Saneamento no Paraná”, que tem como objetivo apresentar os principais ganhos que o estado teria com a universalização dos serviços de água e esgotamento sanitário.
O estudo aponta que, entre 2023 e 2040, o acesso pleno aos serviços básicos para todos os paranaenses resultaria em ganhos socioeconômicos de R$47,5 bilhões. Nesse período, os benefícios devem alcançar R$ 82,524 bilhões, sendo R$ 48,360 bilhões de benefícios diretos (renda gerada pelo investimento e pelas atividades de saneamento e impostos sobre consumo e produção recolhidos) e de R$ 34,165 bilhões devido à redução de perdas associadas às externalidades.
Haverá um movimento crescente de geração de emprego e renda durante a fase de expansão das redes e a estabilização num patamar acima de 60 mil postos de trabalho na região. Os custos sociais no período devem somar R$ 34,977 bilhões. Assim, os benefícios devem exceder os custos em R$ 47,547 bilhões, indicando um balanço social bastante positivo para a região. Essa relação indica que para cada R$ 1,00 investido em saneamento, o estado do Paraná deve ter ganhos sociais de R$ 3,16.
Um dos ganhos mais notórios com a universalização do saneamento no Paraná será o aumento da produtividade, visto que com o avanço da infraestrutura teremos trabalhadores mais saudáveis e a redução do absenteísmo. Desta forma, o valor presente do aumento de renda do trabalho com a expansão do saneamento, entre 2023 e 2040, será de R$ 26,139 bilhões, que resultará num ganho anual de R$ 1,452 bilhão.
De acordo com informações do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), ano-base 2022, 96,1% dos habitantes do Paraná são atendidos com abastecimento de água e 76,3% recebem atendimento de coleta de esgoto, enquanto 75,9% do esgoto é tratado. Em relação ao índice de perdas de água na distribuição, cerca de 35,1% da água é perdida antes de chegar de forma oficial às residências do município.
O Paraná caminha para a universalização do saneamento para seus habitantes. No Ranking do Saneamento 2024, estudo do Trata Brasil que ranqueia as 100 cidades mais populosas do Brasil no acesso ao saneamento, Paraná contou com sete cidades entre as 25 melhores nos indicadores dos serviços básicos:: Maringá (1º), Cascavel (9º), Ponta Grossa, (10º), Foz do Iguaçu (13º), Londrina (14º), São José dos Pinhais (21º) e Curitiba (22º).
Para alcançar as metas estabelecidas pelo Novo Marco Legal do Saneamento, isto é, levar 99% de água potável para a população e 90% de coleta e tratamento de esgoto até 2033, o estado deve seguir na busca de ampliar os indicadores básicos, fomentando ainda mais investimentos na infraestrutura. O acesso pleno ao saneamento deixará um legado promissor e próspero ao Paraná.
Luana Pretto, Presidente-Executiva do Instituto Trata Brasil, ressalta que o estudo indicam o papel essencial do saneamento para um maior crescimento social, econômico e ambiental do Paraná.
“O Paraná percorre o caminho para alcançar a universalização do saneamento básico e, uma vez que leve o acesso de água e coleta e tratamento de esgoto universalizados aos habitantes, serão notáveis os ganhos para os habitantes do estado. Serão mais de R$ 47 bilhões em benefícios, com destaque para o aumento de renda do trabalho com a expansão, que será de mais de R$ 26 bilhões. O futuro do Paraná será animador e próspero com a universalização do saneamento básico, onde se perpetuará qualidade de vida e bem-estar para a população” – finaliza a executiva.