Controlar as perdas de água significa ter maior disponibilidade do recurso hídrico para a população sem a necessidade de aumentar o volume de água captado
No dia 24 de novembro, o Instituto Trata Brasil, em parceria com a consultoria GO Associados, divulgou o “Estudo de Perdas de Água 2025 (SINISA, 2023): Desafios na Eficiência do Saneamento Básico no Brasil”, que expõe o grande problema ambiental, econômico e social da ineficiência no controle de perdas de água em nosso país. Em meio ao avanço das mudanças climáticas e agravamento das secas e dos eventos extremos, o país desperdiça 40,31% da água tratada antes mesmo que ela chegue às torneiras.
No Brasil, a definição de nível aceitável de perdas de água foi definida pela Portaria 490/2021, do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), que indica que para um município contar com níveis excelentes de perdas, deve ter no máximo 25% em perdas na distribuição e 216 L/ligação/dia até 2034.
Neste contexto, o estudo indica que apenas 13 dos 100 municípios mais populosos do país atendem a esses padrões de excelência.
Quadro 1 – Municípios com Padrões de Excelência em Perdas de Água

A distribuição desses municípios demonstra uma concentração em São Paulo (sete cidades) e Rio de Janeiro (duas cidades), com os demais estados de Goiás, Piauí, Paraná e Paraíba com um município cada.
A gestão eficiente da água potável é um pilar fundamental para o saneamento básico e para a sustentabilidade das cidades. Controlar as perdas de água significa garantir maior disponibilidade para a população sem a necessidade de expandir a captação, evitando a pressão sobre mananciais e mitigando os efeitos das mudanças climáticas na oferta hídrica.
Para isso, as localidades que ainda não alcançaram os padrões de excelência, devem priorizar a redução de perdas de água, com a implementação de programas que unam maior eficiência e inovação e, consequentemente, acelerar o ritmo dos investimentos em saneamento básico.




