Informações do Painel Saneamento Brasil apontam impacto do saneamento básico na produtividade do trabalho
Na última quarta-feira, 1º de março, foi celebrado o aniversário de 458 anos da cidade do Rio de Janeiro. Na capital fluminense, toda população recebe o atendimento de água potável e 90% dos habitantes têm coleta de esgoto, enquanto 74% do esgoto gerado é tratado na cidade. Porém, no que diz respeito ao índice de perdas de água, mais da metade do recurso hídrico (53,4%), não chega de forma oficial nas residências.
O acesso ao saneamento impacta diretamente o país em pilares socioeconômicos e ambientais, além de aumentar a qualidade de vida da população, diminuindo doenças de veiculação hídrica. Nesta linha, a partir de dados presentes no Painel Saneamento Brasil, o ITB aponta a seguir informações sobre como os serviços básicos influenciam no trabalho e na renda da população na capital carioca.
Vale ressaltar que a melhoria da saúde eleva de forma sistemática a produtividade dos trabalhadores. Isto é, se o trabalhador tem acesso à água potável e coleta de esgoto, vê reduzida a chance de desenvolver doenças associadas à falta de saneamento. Assim, além da melhor qualidade de vida, o índice de afastamento do trabalho em razão dessas doenças também será diminuído. Como consequência, os trabalhadores terão uma produtividade maior, com efeito sobre sua remuneração em igual proporção. Entretanto, a situação contrária traz efeitos negativos.
Na cidade do Rio de Janeiro, segundo informações do IBGE (2021), o rendimento do trabalho das pessoas que moram em residências com saneamento é de R$ 4.150,10, enquanto a renda das pessoas sem os serviços básicos é de R$ 1.516,94 – uma diferença de mais de R$ 2,6 mil reais.
Diante disso, é essencial que se busque a universalização do acesso ao saneamento básico, visto que os serviços têm efeitos diretos na produtividade do trabalho e na atividade econômica, em geral, uma vez que impactam até mesmo na renda mensal dos trabalhadores.