O investimento médio por habitante nas capitais, entre 2018 e 2022, corresponde a pouco mais da metade do valor necessário
Garantir que 99% da população tenha acesso à água e 90% com coleta e tratamento de esgoto até 2033, conforme o Novo Marco Legal do Saneamento, exige investimentos significativos na infraestrutura básica. No entanto, essa realidade ainda está distante em muitas localidades brasileiras.
O patamar nacional médio de investimento anual necessário para a universalização, conforme estimativas do PLANSAB, é de aproximadamente R$ 231,09 por habitante. Contudo, a média das capitais brasileiras alcançou pouco mais da metade desse valor, registrando R$ 136,31 por habitante, um montante consideravelmente distante do ideal.
Quadro 1 – Evolução dos indicadores de saneamento nas capitais brasileiras
Fonte: SNIS (2022). Elaboração: GO Associados. Nota: todos os montantes de investimentos foram trazidos a valores de final de junho de 2022 utilizando-se o IGP-DI da FGV.
A tabela acima indica o montante investido em saneamento entre 2018 e 2022 nas capitais brasileiras, bem como a média desse valor por habitante ao longo desses cinco anos. Entre as capitais que se destacaram, Cuiabá (MT) liderou os investimentos com R$ 472,42 por habitante, superando o patamar estabelecido pelo PLANSAB. São Paulo (SP) e Natal (RN) seguiram com R$ 219,20 e R$ 217,44 por habitante, respectivamente. Em contrapartida, os patamares mais baixos foram observados em Rio Branco (AC) com R$ 30,02 por habitante, e em Porto Velho (RO), com R$ 37,47 por habitante.
Investimentos robustos em saneamento básico geram externalidades positivas que impulsionam o desenvolvimento sustentável das cidades, elevam o bem-estar e a qualidade de vida dos habitantes e fomentam o crescimento econômico local. Para tanto, é imperativo que os municípios priorizem o saneamento, implementando planos e estratégias que promovam a melhoria da infraestrutura e ampliem o acesso da população aos serviços básicos.