De acordo com o PLANSAB, o investimento necessário para a universalização do saneamento nos municípios é de R$ 223,82 por habitante
Na terça-feira (15), o Instituto Trata Brasil, em parceria com a GO Associados, lançou o Ranking do Saneamento 2025. O estudo analisa os indicadores de saneamento das 100 cidades mais populosas do Brasil, considerando os indicadores mais recentes do Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico (SINISA), com ano-base 2023, publicado pelo Ministério das Cidades.
Entre os alguns dos critérios utilizados para classificar os municípios está o indicador de Investimentos Totais por habitante. Neste indicador, consideram-se não apenas os investimentos realizados pelo(s) prestador(es), mas também os investimentos realizados pelo poder público (estados e municípios).
Segundo o Ranking, o indicador médio dos 100 municípios equivale a R$ 103,16 por habitante de 2023, uma queda frente a média de R$ 138,68 por habitante de 2022. Esse valor também fica inferior à média nacional, calculada em R$ 126,97, segundo o SINISA 2023. Para efeito de comparação, o PLANSAB estabelece que o investimento necessário para a universalização do saneamento nos municípios é de R$ 223,82 por habitante.
A análise detalhada dos dados mostra que 49 municípios investem menos de R$ 100 por habitante, valor que equivale a menos da metade do patamar de R$ 223,82 considerado necessário segundo o PLANSAB. Em contrapartida, apenas 17 municípios investem mais de R$ 200 por habitante, sendo que 12 destes superam os valores considerados de excelência.
O quadro abaixo mostra, para este indicador, quais são os 20 municípios que mais investiram e os 10 que realizaram menos investimentos, em termos de suas populações.
Quadro 1 – Melhores e Piores Municípios – Investimentos Totais Anuais por Habitante
O Ranking de 2025 reforça o papel central do saneamento como política pública estratégica para a melhoria da saúde pública, da educação e da produtividade econômica no Brasil. A universalização dos serviços básicos representa um investimento direto no bem-estar da população e no crescimento socioeconômico do país, reduzindo as internações por doenças de veiculação hídrica, melhorando a frequência escolar, aumentando a produtividade dos trabalhadores e valorizando os imóveis, criando um ciclo virtuoso de desenvolvimento.
Para que o país alcance esses benefícios e cumpra a meta de universalização até 2033, estabelecida pelo Novo Marco Legal do Saneamento, será necessário ampliar significativamente os investimentos no setor e aprimorar a capacidade regulatória e institucional dos entes subnacionais.