Com índice de 55,8%, o número é bem superior à média nacional de perdas de água nos sistemas de distribuição, que está em 40,3%
Um dos lugares mais visitados do país durante a época do Carnaval, Salvador é o destino favorito de brasileiros e turistas para curtir a folia. No blog de hoje, o ITB vai apresentar os indicadores dos serviços básicos, a partir de dados do Painel Saneamento Brasil, sobre a Região Metropolitana da capital baiana.
Tabela 1 – Indicadores de Saneamento da Bahia, Salvador e da Região Metropolitana de Salvador, ano base 2021
A Região Metropolitana de Salvador engloba 13 municípios do estado e abriga aproximadamente 4 milhões de habitantes, em que figuram: Camaçari, Candeias, Dias d’Ávila, Itaparica, Lauro de Freitas, Madre de Deus, Mata de São João, Pojuca, Salvador, São Francisco do Conde, São Sebastião do Passé, Simões Filho e Vera Cruz.
Na metrópole mais rica da região Norte-Nordeste, a população com acesso à água é de 97,4% e 75,6% dos habitantes têm atendimento de coleta de esgoto, enquanto 83,5% do esgoto gerado é tratado. No que diz respeito ao índice de perdas, a região desperdiça mais da metade da água produzida nos sistemas de distribuição, volume que chega a 55,8%.
Apesar de apresentar bons indicadores de saneamento, Salvador ainda tem quase 1 milhão de habitantes que não recebem coleta de esgoto. Com as metas estabelecidas pelo Marco Legal, o país tem como objetivo universalizar o saneamento para toda população até 2033, ou seja, 99% dos habitantes deverão ser atendidos com água potável e 90% da população precisará receber os serviços de coleta e tratamento de esgoto.
Ademais, o controle de perdas na distribuição é fundamental para disponibilizar o recurso hídrico para todos os habitantes, sendo assim, a região tem como desafio buscar soluções eficientes para diminuir o desperdício de 55,8% e alcançar o padrão de excelência do indicador, isto é, em níveis inferiores a 25%.