Segundo o estudo, 90 dos 100 munícipios possuem atendimento total de água maior ou igual que 80%
O Ranking do Saneamento 2022 analisa os indicadores de saneamento dos 100 maiores municípios do país disponíveis no Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS). Um dos principais coeficientes para a universalização do saneamento básico é indicador de atendimento total de água potável, de acordo com o Ranking, a média deste indicador é 94,38% da população com os serviços, ou seja, maior do que a média nacional, que é de 84,13%.
Entre as cidades presente no relatório, são 29 que fornecem 100% de atendimento total de água para a população, em outras palavras, já possuem os serviços de abastecimento de água universalizados. Além disso, outros 17 municípios apresentam o índice de atendimento superiores a 99%, estando também com serviços universalizados de acordo com a Lei Federal 14.026/2020.
QUADRO 1: HISTOGRAMA DO ÍNDICE DE ATENDIMENTO TOTAL DE
A capital de Rondônia, Porto Velho, apresentou o menor percentual de atendimento de água, sendo apenas 32,87% da população com acesso a este serviço; a cidade está na penúltima colocação do Ranking. Outros destaques negativos em relação ao índice, são em Ananindeua (PA) que fornece somente 33,80% de água potável para os habitantes e no Macapá (AP) sendo apenas 37,56% da população com o abastecimento de água.
QUADRO 2: MUNICÍPIOS COM INDICADORES POSTIVOS E NEGATIVOS NO ACESSO À ÁGUA POTÁVEL
No quadro acima, figuram cinco exemplos de municípios que já estão com os serviços universalizados, de acordo com as metas estabelecidas pelo Marco Legal do Saneamento. Entre os listados estão duas cidades da região Sudeste, duas da região Sul e uma do Centro-Oeste – confira a tabela completa no site do Instituto Trata Brasil: https://tratabrasil.org.br/pt/estudos/ranking-do-saneamento/itb/ranking-do-saneamento-2022.
Entre os principais indicadores analisados nas 100 maiores cidades presentes no Ranking, o índice de atendimento total de água apresenta números positivos, caminhando para a universalização do serviço para toda a população. Inclusive o serviço mostrou um pequeno progresso frente ao índice de 93,51% observado em 2019.
Entretanto, o Ranking traz um alerta para municípios na parte de baixo da tabela que estão se distanciando até mesmo de cidades que ocupam o meio da tabela. Pelo segundo ano consecutivo, os mesmos 20 municípios continuam no grupo entre os piores. No país, ainda existem quase 35 milhões de pessoas sem acesso à água potável, mostrando que o acesso ao saneamento básico deve ser prioridade nessa década, para que possamos adentrar em 2030 perto de cumprir com o que foi acordado no Marco Legal do Saneamento Básico.