Redução do índice de perdas de água na distribuição aparece como evolução positiva entre os indicadores de saneamento
O Ministério das Cidades publicou recentemente a atualização do Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento para o ano base de 2022. O novo diagnóstico aponta uma sucinta evolução do país nos serviços de saneamento básico, apresentando uma melhora em relação ao ano de 2021.
Tabela 1 – Comparação dos indicadores de saneamento entre 2021 e 2022
Fonte: SNIS 2022
No indicador de atendimento de água potável houve uma melhoria de 0,7 pontos percentuais, indicando uma pequena ampliação no serviço. Entre as cinco regiões brasileiras, o Norte apresentou uma evolução de 4,2 p.p no índice. Em relação ao atendimento de coleta de esgoto, o país ampliou o serviço em 0,2 p.p – a região Sul constatou uma melhoria de 1,3 p.p, sendo a mais notável entre as regiões.
Um dos maiores gargalos do país no tema continua sendo o tratamento dos esgotos, que apresentou uma ampliação de 1,0 p.p no serviço. É possível observar que três regiões apresentaram piora nesse índice (Norte, Nordeste e Centro-Oeste), enquanto outras duas (Sudeste e Sul) ampliaram de forma modesta o índice do tratamento de esgoto.
A maior evolução que o país demonstrou foi na redução das perdas de água nos sistemas de distribuição. De acordo com o SNIS 2022, o índice de perdas na distribuição é de 37,8%. Em relação a 2021, houve redução 2,9 pontos percentuais no índice, que apresentava aumento contínuo desde 2015.
O diagnóstico do SNIS 2022 ainda estima que foram gerados 1.078,3 mil empregos indiretos e de efeito de renda associados. Desta forma, o total de empregos associados à prestação dos serviços de água e esgoto e aos investimentos é igual a 1,3 milhão de empregos.
Luana Siewert Pretto, Presidente do Instituto Trata Brasil, ressalta que a evolução dos indicadores ainda é pouco expressiva frente aos desafios que o país têm para universalizar o saneamento básico. “A partir desse novo diagnóstico do SNIS podemos concluir que houve pouco avanço em relação aos dados de saneamento básico do nosso país. Tanto em nível de serviço, como também de investimento, ainda estamos distantes do necessário para alcançar a universalização do saneamento básico e nesse ritmo ficará cada vez mais desafiador cumprir as metas estabelecidas pelo Novo Marco Legal do Saneamento até 2033” – finaliza a executiva.