Região enfrenta desafios na infraestrutura de saneamento, com milhões de habitantes sem acesso ao básico
A região Norte, que abriga mais de 17 milhões de habitantes, apresenta índices precários de saneamento básico. Segundo dados do Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento (SNIS), ano-base 2022, cerca de 6,5 milhões vivem sem acesso à água e quase 15 milhões não têm coleta de esgoto, enquanto somente 19,8% do esgoto gerado é tratado da região.
Dados do DATASUS 2022, apresentados no Painel Saneamento Brasil, mostram que mais de 32 mil pessoas foram internadas na região devido a doenças relacionadas à falta de saneamento, o que levou a 228 óbitos e gerou despesas de mais de 12 milhões para o sistema de saúde.
Tabela 1 – Indicadores de saneamento dos estados da Região Norte
Fonte: Painel Saneamento Brasil (SNIS e DATASUS 2022)
Entre os estados do Norte, o Pará apresenta os piores indicadores, com quase 4 milhões de pessoas sem acesso à água potável e mais de 7,4 milhões sem coleta de esgoto. Amazonas e Rondônia também figuram entre os estados mais afetados pela falta de saneamento básico.
Até 2033, o país firmou um compromisso de atender 99% da população com água potável e 99% com coleta e tratamento de esgoto, conforme previsto no Novo Marco Legal do Saneamento Básico. Para atingir essa meta, a região Norte e todos seus estados precisam priorizar o saneamento por meio de investimentos robustos, planos estruturados de melhoria da infraestrutura e políticas públicas eficientes. A universalização do saneamento básico tem o potencial de transformar a região, gerando benefícios significativos nos âmbitos social, econômico e ambiental.