Entre as 100 maiores cidades do país, embora com médias ruins nos estados e regiões, existem cidades com bons índices de perdas, adequados às metas de excelência estabelecidas para 2034 pela Portaria Nº 490 do MDR.
No Brasil a água tratada desperdiçada diariamente é equivalente ao volume de 7,5 mil piscinas olímpicas ou sete vezes o volume do Sistema Cantareira ? maior conjunto de reservatórios para abastecimento do Estado de São Paulo, conforme ao novo estudo de perdas de água potável do Instituto Trata Brasil em parceira institucional com a Asfamas e elaborado pela GO Associados.
Entretanto, mesmo o país apresentando um grande desperdício de água, há cidades brasileiras que são destaques positivos cujos índices de perdas já se encontram nos padrões de excelência estabelecidos como meta para 2034 pela Portaria Nº 490 do MDR, ou seja, 25% em perdas na distribuição e 216 L/ligação/dia em perdas volumétricas.
QUADRO 9 ? DESTAQUES POSITIVOS ENTRE OS GRANDES MUNICÍPIOS BRASILEIROS
O estudo do Trata Brasil avalia a situação dos índices de perdas de água dos 100 maiores municípios brasileiros. Uma das melhores cidades com bons índices é a de Blumenau, em Santa Catarina, cujo Indicador de Perdas na Distribuição é de 16,38%. Além disso, Blumenau está presente como um dos melhores em outros indicadores, como, por exemplo, o Índice de Perdas no Faturamento e o Índice de Perdas na Ligação. Outra cidade da região Sul que serve para demonstrar bom exemplo é Maringá, no Paraná.
A região Sudeste apresenta seis municípios com índices de perdas que já se encontram nos padrões de excelência, os quais são: Campinas (SP), Limeira (SP), Santos (SP), São José do Rio Preto (SP), Taboão da Serra (SP) e Petrópolis (RJ).
As capitais da região Centro-Oeste, Campo Grande (MS) e Goiânia (GO), são outros destaques positivos do país aos índices de perdas de água potável.
O aumento da eficiência na distribuição da água potável no Brasil, reduzindo o desperdício, utilizando como referência o cenário base, mostra um potencial de ganhos brutos com a redução de perdas de R$ 54,1 bilhões até 2034.
QUADRO 11: SUMÁRIO DO IMPACTO DA REDUÇÃO DE PERDAS
*Foto: Michele Lamin*