A capital do Mato Grosso do Sul comemora seus 124 anos de fundação apresentando evolução nos indicadores de saneamento básico
Neste sábado, 26 de agosto, Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, completa 124 anos de fundação. Com mais de 916 mil habitantes, a cidade leva os serviços de água potável para 100% da população e atende 88,1% com coleta de esgoto – como apontam dados do Sistemas Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS 2021). Um dos desafios do município para a universalização do saneamento básico, contudo, ainda reside no serviço de tratamento de esgoto, no qual somente 63,6% do esgoto gerado é tratado. Segundo as metas estabelecidas pela Lei 14.026/2020, o “Novo Marco Legal do Saneamento Básico”, até 2033, 99% da população brasileira deve ter acesso à água tratada e 90% à coleta e ao tratamento de esgoto.
Em relação ao índice de perdas na distribuição, Campo Grande desperdiça apenas 19,7% da água potável, ou seja, o índice está alinhado com os padrões de excelência em perdas (inferior a 25% em perdas na distribuição), conforme a meta estabelecida para 2034 pela Portaria 490 pelo então Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR).
No Ranking do Saneamento 2023, relatório divulgado anualmente pelo Trata Brasil que apresenta os indicadores de saneamento das 100 maiores cidades do país, Campo Grande figura entre as 30 melhores cidades, ocupando a 26ª posição. A capital do Mato Grosso do Sul evoluiu em duas posições no Ranking do Saneamento em comparação à edição do ano anterior, indicando que tem realizado esforços em busca de universalizar os serviços de água e esgotamento sanitário.
Entre os diversos benefícios advindos do saneamento básico, a área da saúde é uma das mais impactadas, uma vez que o acesso à água de qualidade e o atendimento de coleta e tratamento de esgoto resultam na diminuição de internações por doenças de veiculação hídrica, melhorando assim a qualidade de vida da população. Segundo informações presentes no Painel Saneamento Brasil, Campo Grande teve apenas 157 hospitalizações por doenças associadas à falta de saneamento. A incidência foi de 1,71 casos por 10 mil habitantes, o que gerou gastos a cidade de mais de R$ 114 mil. Para efeito de comparação com os números nacionais, ocorreram quase 130 mil internações em decorrência de doenças de veiculação hídrica no país – a incidência foi de 6,04 casos por 10 mil habitantes e as despesas somam mais de R$ 55 milhões.
Com indicadores de saneamento básico que vem evoluindo, Campo Grande universalizou o acesso à água potável para os seus habitantes. Apesar dos desafios, a cidade já conquistou bons resultados e deve continuar investindo no saneamento a fim de alcançar a universalização dos serviços de coleta e tratamento de esgoto até 2033.