Nos últimos cinco anos (2018-2022), a evolução média desse indicador nas capitais foi de 6,88 pontos percentuais
Com mais de 90 milhões de brasileiros sem acesso à coleta de esgoto, esse é um dos maiores desafios para a melhoria do saneamento no Brasil. Entre 2018 e 2022, o país ampliou a cobertura de coleta de esgoto em apenas 2,85 pontos percentuais. No mesmo período, a média de evolução nas 27 capitais foi de 6,88 p.p, com apenas três capitais não apresentando crescimento no índice.
Nove capitais registraram uma evolução superior a dez pontos percentuais no período. A capital de Sergipe, Aracaju, se destacou com um aumento de 20,83 pontos percentuais, ou 5,21 pontos percentuais ao ano, em média. Em seguida, Boa Vista (RR), Goiânia (GO) e Cuiabá (MT) apresentaram um crescimento de mais de 15 p.p no indicador.
Quadro 1: Evolução da coleta de esgoto nas capitais, 2018-2022 (%)
Por outro lado, três capitais registraram uma redução na coleta de esgoto. Curitiba (PR) apresentou uma pequena diminuição de 0,01 ponto percentual, mas a capital continua com o serviço universalizado. Entretanto, Macapá (AP) e Maceió (AL), que ainda não universalizaram a coleta de esgoto, registraram uma redução de 3,08 pontos percentuais e 14,09 pontos percentuais, respectivamente.
Além de degradar o meio ambiente, contaminando os corpos hídricos pelo despejo irregular de esgoto, a ausência desse serviço resulta em implicações severas para a saúde da população, com o aumento de doenças causadas pela precariedade do saneamento. Com metas para universalizar o saneamento até 2033, todas as localidades do país devem atender 90% dos habitantes com coleta e tratamento de esgoto, conforme aponta o Marco Legal do Saneamento Básico.