O estudo propõe uma discussão sobre é como será o setor de saneamento do futuro, em que temas sociais, ambientais, de governança e éticos devem estar ainda mais presentes
Nesta terça-feira, 28 de fevereiro, o Instituto Trata Brasil, em parceria com a KPMG, lançou o estudo inédito “ESG e Tendências no Setor de Saneamento do Brasil” – acesse o estudo completo: https://tratabrasil.org.br/esg-e-tendencias-no-setor-de-saneamento-do-brasil/. O tema central do relatório tem como objetivo apresentar um panorama sobre como o setor de saneamento e os atores que compõem sua cadeia se relacionam com os aspectos ambientais, sociais e de governança (ESG) em torno de suas operações.
O material foi organizado em três capítulos. Durante o capítulo inicial é apresentado aos leitores a cadeia de valor do saneamento, identificando e descrevendo os atores que são integrantes deste ecossistema, as discussões regulatórias que os orientam, bem como os impactos socioeconômicos gerados pelo setor. Enquanto, no Capítulo 2 é desenvolvida uma avaliação sobre como estão dispostos os pilares ESG nas empresas do setor, ou seja, a seção identifica como as empresas apresentam sua gestão ESG para públicos de interesse, sendo elas operadoras dos serviços de água e esgoto ou fornecedores da cadeia.
Por fim, no Capítulo 3 são apresentadas algumas tendências e inovações em ESG para o setor de saneamento básico. Neste capítulo, o estudo mapeia desafios e oportunidades considerando quatro tópicos de discussão: as mudanças climáticas, a transição da economia global e nacional para uma economia de baixo carbono, a economia circular e a regeneração dos ecossistemas.
Em um cenário nacional que cerca de 35 milhões de brasileiros não têm acesso à água potável e cerca de 7,8 mil piscinas olímpicas de água tratada são desperdiçadas diariamente, o material indica o importante papel do saneamento no impacto para as futuras gerações. “O estudo aponta que o setor de saneamento será fundamental para mitigar os impactos das mudanças climáticas, que influenciam na sazonalidade das chuvas, enchentes e secas, e consequentemente, impactam no acesso pleno à água potável. Universalizar o saneamento será determinante para a preservação do meio ambiente, uma vez que, no país, são lançadas 5.522 piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento por dia em nossos rios e mares. Esta é a chave para termos água na quantidade e qualidade necessária para as futuras gerações.” – ressalta Luana Siewert Pretto, Presidente Executiva do Instituto Trata Brasil.
Como desafio para as lideranças e especialistas do setor, está a promoção de melhores práticas de gestão aos aspectos ESG, criando maior resiliência em toda a cadeia de valor do saneamento, uma vez que os aspectos sociais e ambientais deverão estar cada vez mais presentes na gestão de todos os negócios. “Este estudo se propõe a ser o começo de uma conversa sobre como os líderes e especialistas de toda a sociedade devem entender o papel crítico que este setor tem e terá, e como podemos formar alianças para que recursos hídricos sejam gerenciados e protegidos para o benefício de todos.”, aponta Nelmara Arbex, sócia-líder de ESG Advisory da KPMG no Brasil e na América do Sul.