Trata Brasil analisa os indicadores de água e coleta e esgotamento sanitário nessas duas importantes capitais brasileiras
Nesta terça-feira, 24 de outubro, as capitais Goiânia e Manaus fazem aniversário. Fundada em 1933, a capital de Goiás completa 90 anos, enquanto a capital do Amazonas, fundada em 1848, completa 354 anos. Com gargalos diferentes a serem superados para alcançarem a universalização do saneamento, o Instituto Trata Brasil apresenta o panorama do acesso aos serviços básicos nessas localidades.
Tabela 1 – Indicadores de Saneamento Básico em Goiânia, de acordo com o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – SNIS 2021
Fonte: SNIS 2021
Em Goiânia, com população de mais de 1,5 milhão de habitantes, 99% dos cidadãos recebem água potável e 93,4% têm acesso à coleta de esgoto. Ainda na capital de Goiás, cerca de 72,5% do esgoto gerado é tratado. Em relação ao índice de perda, a cidade perde 19,5% do volume produzido nos sistemas de distribuição – média menor que a nacional de 40,3%.
No Ranking do Saneamento 2023, relatório publicado pelo Trata Brasil para analisar os indicadores de saneamento básico das 100 maiores cidades do país, Goiânia ocupa a 22ª posição, sendo a quinta capital melhor colocada entre as 27 que figuram no Ranking.
Tabela 2 – Indicadores de Saneamento Básico em Manaus, de acordo com o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – SNIS 2021
Fonte: SNIS 2021
Por outro lado, a população da capital do estado do Amazonas, Manaus, que abriga mais de 2 milhões de habitantes, conta com 97,5% de acesso à água potável, com 25,5% dos cidadãos atendidos com coleta de esgoto. Deste material gerado, apenas 21,6% é tratado. Outro índice preocupante é o de perdas na distribuição, que chega a 59,8%.
Em relação ao Ranking do Saneamento 2023, apesar de subir seis posições em comparação com a edição anterior, Manaus ocupa a 83ª posição, sendo a sétima pior capital entre as 27 capitais que aparecem no Ranking.
É possível observar que as localidades analisadas terão pela frente desafios diferentes para alcançar a universalização do saneamento básico. Goiânia está mais próxima de oferecer o acesso pleno dos serviços de água e esgotamento sanitário para todos os seus habitantes, enquanto Manaus, por sua vez, ainda terá uma longa jornada, principalmente nos serviços de coleta e tratamento de esgoto.
A ampliação do acesso à água potável, coleta e tratamento de esgoto beneficiam o meio ambiente e a população, que vive com mais saúde e dignidade. Segundo o Novo Marco Legal do Saneamento (Lei Federal 14.026/2020), o país tem como objetivo fornecer água para 99% da população e coleta e tratamento de esgoto para 90%, até 2033.