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>TOP 10 dos piores municípios em relação a perdas de água potável

Ao analisar as 100 maiores cidades do Brasil, o Índice de Perdas na Distribuição aponta desafios para diversos municípios

O recente estudo ?PERDAS DE ÁGUA POTÁVEL (2021, ano base 2019): DESAFIOS PARA A DISPONIBILIDADE HÍDRICA E AO AVANÇO DA EFICIÊNCIA DO SANEAMENTO BÁSICO?, lançado pelo Instituto Trata Brasil com parceira institucional com a Asfamas e elaborado pela GO Associados, analisa os indicadores de perdas de água potável do Brasil,  das  27 Unidades da Federação e as cinco regiões, bem como os 100 maiores municípios que estão presentes no Ranking do Saneamento Básico.

A partir de dados públicos do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS 2019), no Brasil quase 40% (39,2%) de toda água potável captada não chega de forma oficial as residências do país, o que demonstra a grande ineficiência da distribuição da água potável pelas cidades.

Contemplando as situações dos 100 maiores municípios do país em relação a perdas de água, o estudo apresenta as condições dos 10 piores municípios brasileiros.

Com os piores indicadores de saneamento básico do país, as cidades de Porto Velho (RO) e Macapá (AP), assim como no Ranking de Saneamento 2021, figuram entre as últimas colocações em referência ao índice de perdas na distribuição.

Com 530 mil habitantes, na cidade de Porto Velho mais de 66% da população não tem acesso a água potável, somando a estes números o município perde 83,88% da água potável, ou seja, toda essa porcentagem produzida não chega de forma oficial a ninguém. Além de apresentar o pior do número do de Perdas na Distribuição do país, o município de Porto Velho comparado com outras cidades do mundo, tem o pior número mundial de IPTF (Índice de Perdas de Faturamento Total) com 81,9%, ou seja, o nível da água não faturada do sistema de abastecimento. Esse número é pior do que cidades como, Guayaquil (ECU) com 73% e Adana (TUR) com 69%. Esses dados são com base a The Smart Water Networks Forum (SWAN) uma fonte de informações acerca de água não faturada ao nível municipal dentre diferentes países do mundo, entretanto a edição mais recente da pesquisa que investiga esse indicador é de agosto de 2011, vale ressaltar que Porto Velho (RO) foi inserido para fins ilustrativos por ser o pior índice dentre os 100 municípios brasileiros mais populosos, com o indicador atualizado utilizando dados do SNIS 2019.

Dentre as 10 piores cidades presentes no quadro de maiores perdas, além de Macapá e Porto Velho, cinco dessas cidades figuram no TOP 20 das piores no Ranking de Saneamento 2021, como por exemplo os munícipios de: Recife, Rio Branco, Manaus, Cariacica e São Luís.

Esses indicadores servem para tornar evidente a profunda necessidade brasileira de melhorar sua situação não somente em termos de perdas de água, mas também o panorama do saneamento básico como um todo.

*Foto: Acervo Esron Meneses*