Aproximadamente 1.664.358 de habitantes do estado não têm coleta de esgoto.
No estado que abriga mais de 1,7 milhão de pessoas, os serviços básicos para a população rondoniense ainda é precário. Em Rondônia, os habitantes com acesso à água potável correspondem a 47,4%. Quando analisado os serviços de esgotamento sanitario, a situação é preocupante – apenas 6,7% da população tem atendimeto à coleta de esgoto, enquanto somente 8,5% dos esgotos gerados são tratados.
Além disso, o estado desperdiça 59,6% da água produzida nos sistemas de distribuição, ou seja, mais da metade da água não chega de forma oficial para os moradores.
Quadro 1 – Historico dos indicadores de saneamento em Rondônia entre 2015 e 2020
Analisando os indicadores dos últimos anos, o estado rondoniense pouco evoluiu nos serviços básicos. O índice de tratamento dos esgotos apresentou uma melhoria de 5,1 pontos percentuais, sendo o serviço que demonstrou maior evolução. Em contrapartida, o estado mostra um preocupante índice de perdas de água, isto é, houve uma piora de 11,2 p.p no indicador.
Desta forma, apresentar eficiência no controle de perdas poderia resultar no abastecimento de água para os mais de 937 mil habitantes sem acesso a esse recurso tão essencial.
Em 2021, o Instituto Trata Brasil divulgou o estudo “Benefícios Econômicos e Sociais da Expansão do Saneamento em Rondônia”. O relatório traz uma ampla abordagem, exemplificando como a universalização do saneamento no estado poderia resultar em inúmeros ganhos para toda a população.
Segundo dados do estudo, entre 2021 e 2055, Rondônia pode gerar mais de R$ 3 bilhões de ganhos sociais, ambientais e econômicos, especialmente com redução de gastos com doenças, valorização dos imóveis, geração de empregos e renda, além de melhorias na educação de jovens e crianças – esses são alguns dos resultados mostrados no relatório.