Abrigando quase 17 milhões de habitantes, o Centro-Oeste é formado por três estados e o Distrito Federal. A população da região ainda enfrenta gargalos nos serviços de saneamento básico, com pessoas ainda sem acesso à água, coleta e tratamento de esgoto.
Dados do Sistema Nacional de Saneamento Básico (SNIS), ano base 2021, apontam que 1,6 milhão de pessoas que residem no Centro-Oeste não são abastecidas com água potável e mais de 6 milhões não são atendidas com coleta de esgoto. Ademais, a região trata 60,5% do esgoto gerado – volume que representa a quantidade de 379 piscinas olimpíadas de esgoto sem tratamento despejadas todos os dias na natureza.
Quadro 1 – Piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento despejadas diariamente nos estados da Região Centro-oeste
Fonte: DATASUS l Painel Saneamento Brasil
Segundo dados do DATASUS (2021), presentes no Painel Saneamento Brasil, houve mais de 11 mil internações por doenças associadas à falta de saneamento no Centro-Oeste do país e 128 pessoas foram a óbito em decorrência dessas enfermidades. Ao todo, a região teve despesas de quase R$5 milhões por hospitalizações ocasionadas por doenças de veiculação hídrica.
Levar o acesso pleno de água potável, coleta e tratamento de esgoto tem efeitos imediatos na saúde da população. Para explicar esse impacto em nível nacional, entre 2021 e 2040, estima-se que o valor presente da economia total com a melhoria das condições de saúde da população brasileira seja de R$ 25,1 bilhões, o que resultaria num ganho anual de R$ 1,25 bilhão – conforme avalia o estudo do Trata Brasil “Benefícios Econômicos e Sociais da Expansão do Saneamento Brasileiro 2022”.