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>468 anos: a maior cidade do Brasil, São Paulo, ainda tem o desafio de levar saneamento para todos

Com base no SNIS 2020, a cidade mostrou evolução apenas no índice de tratamento dos esgotos

Neste dia 25 de janeiro, a cidade de São Paulo comemora 468 anos de fundação. A cidade mais populosa do país, e também do continente sul-americano, abriga mais de 12 milhões de pessoas. Além disso, São Paulo é uma das maiores cidades do mundo.

Segundo dados do SNIS 2020, na capital paulista, 98,8% dos habitantes são abastecidos com água potável e 93,5% têm atendimento à coleta de esgoto. Analisando outros indicadores, o índice de tratamento de esgoto da cidade corresponde a 69,6%; em relação as perdas de distribuição, 34,4% de toda água produzida não chegam de forma oficial nas residências.

Realizando uma comparação com dados do SNIS 2019, a população com acesso à água era de 99,3%, enquanto os habitantes que tinham coleta de esgoto correspondiam a 96,3%. Ademais, o tratamento de todo esgoto produzido era de 68,6% e 34,4% das águas eram desperdiçadas nos sistemas de distribuição.

Por meio da comparação dos indicadores dos respectivos anos, é possível observar que a cidade de São Paulo apresentou uma leve queda nos indicadores. Apenas o índice de tratamento de esgoto progrediu e as perdas na distribuição se mantiveram. Enquanto o acesso à água retrocedeu em 0,5 p.p, o atendimento à coleta de esgoto reduziu em 2,8 p.p.

Como uma cidade importante e populosa do Brasil, é fundamental que São Paulo continue avançando nos indicadores de saneamento do país, considerando que o acesso à água e ao esgotamento sanitário podem influenciar, como por exemplo, na melhora da economia, na produtividade do trabalhador e em um meio ambiente despoluído. A capital paulista possui 1,28 milhão de pessoas morando em favelas, segundo dados de uma pesquisa do Instituto Locomotiva, em parceria com o Data Favela e a Centra Única das Favelas (Cufa). Isso significa que os serviços de saneamento precisam avançar o quanto antes para esta população que, geralmente, vive em condições mais vulneráveis e sem acesso ao saneamento básico.

O Brasil e todas as suas localidades têm como metas definidas pela Lei nº 14.026/2020 fornecer 99% da população com abastecimento de água tratada, além de atender 90% da população com coleta e tratamento dos esgotos até 2033.