A localidade que abriga mais de 7 milhões de habitantes está próximo dos níveis de excelência de perdas 

O controle de perdas de água potável é essencial para universalizar o saneamento básico, uma vez que a redução desse desperdício significa proporcionar acesso à água potável para os habitantes que ainda carecem desse recurso essencial. Embora as perdas representem um dos desafios enfrentados pelo país, há exemplos positivos que estão no caminho para atingir os padrões de excelência do índice, como é o caso de Goiás. 

Segundo um estudo realizado pelo Instituto Trata Brasil, em Goiás, o índice de perdas na distribuição é de 28,34% e de perdas por ligação é de 133,87 L/ligação/dia – os menores índices entre os 27 estados brasileiros e próximos da meta estabelecida pela Portaria 490/2021 do Ministério do Desenvolvimento Regional. Essa meta define que níveis excelentes de perdas devem ter no máximo 25% de perdas na distribuição e 216 L/ligação/dia em perdas por ligação.

As perdas de água podem ocorrer por vários motivos, como vazamentos, erros de medição e consumos não autorizados. A eficiência de um sistema de abastecimento de água é crucial para avaliar o desempenho das atividades comerciais e de distribuição de um operador de saneamento. O volume de perdas é um indicador-chave nesse contexto, refletindo diretamente a qualidade da gestão e operação.

Além de garantir o acesso pleno a esse recurso vital para todos os brasileiros, o controle de perdas resultaria em  aumentar a disponibilidade de recursos hídricos no sistema de distribuição, sem a necessidade de aumentar o volume de água captada ou explorar novos mananciais, o que reduziria custos e evitaria maiores impactos ambientais.

De acordo com os dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), ano-base 2022, presentes no Painel Saneamento Brasil, cerca de 89% da população goiana recebe o abastecimento de água potável e 63% têm o atendimento de coleta de esgoto, enquanto 60,3% do esgoto gerado é tratado. 

Para alcançar a universalização do saneamento básico, Goiás deve continuar a reduzir as perdas e investir na melhoria da infraestrutura básica como um todo. O Novo Marco Legal do Saneamento estabelece que até 2033 todas as localidades do país devem atender 99% dos habitantes com água potável e 90% com coleta e tratamento de esgoto.