A universalização do saneamento nos estados da Região Sul poderia resultar em ganhos de R$ 105,6 bilhões
Com mais de 30 milhões de habitantes, a Região Sul ainda apresenta déficits no serviço de tratamento de esgoto. Segundo o Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico (SINISA), com ano-base 2023, menos da metade do esgoto produzido (42,7%) é tratado na região.
Isto representa um volume de 946 piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento despejadas todos os dias no meio ambiente. O que deteriora diretamente a natureza, os corpos hídricos da região e, principalmente, afeta a saúde da população.
Para mensurar o impacto da ausência do saneamento básico, em 2024, ocorreram mais de 54 mil internações por Doenças Relacionadas ao Saneamento Ambiental Inadequado (DRSAI) no Sul do país.
Alcançar a universalização do saneamento significa melhorar diretamente a qualidade de vida dos habitantes e fomentar a economia local através de setores como o turismo, que dependem fundamentalmente do acesso pleno aos serviços básicos. Estudos realizados pelo Instituto Trata Brasil mostram que a universalização do saneamento nos estados da região Sul pode gerar benefícios totais de R$ 105,6 bilhões.
Esses números reforçam que cada dia de atraso representa mais danos ao meio ambiente, além de colocar em risco a saúde de milhões de pessoas e atrapalhar o crescimento socioeconômico da região.