Estudo afirma que a universalização do saneamento deve beneficiar todos os estados e capitais da região
Lançado em novembro de 2022, o estudo “Benefícios Econômicos e Sociais da Expansão do Saneamento no Brasil” feito pelo Trata Brasil, em parceria com a consultoria EX ANTE, realiza um balanço da evolução do setor dos serviços básicos entre 2005 e 2020, mostrando que apesar dos avanços no período, a universalização ainda está distante do desejado em vários estados e capitais. Entre as regiões do país, a Norte apresenta as maiores dificuldades em levar o acesso pleno de água e esgotamento sanitário para os habitantes.
Segundo o estudo, a região tinha os piores indicadores de saneamento básico no Brasil. Em 2020, 9 em cada 10 habitantes ainda não tinham coleta de esgoto em suas residências e quase metade da água potável produzida era desperdiçada.
Tabela 1 – Indicadores de saneamento da região Norte entre 2005 e 2020
Além isso, a região Norte foi aquela com menores investimentos na expansão do saneamento na média do período de 2005 a 2020 (apenas 4,7% do total nacional) –, onde o investimento em saneamento no Brasil passou de R$ 3,546 bilhões para R$ 13,639 bilhões.
Informações no relatório mostram que, entre 2021 e 2040, os benefícios com a universalização do saneamento devem alcançar R$ 1,454 trilhão em todo o país e os custos incorridos no período devem somar R$ 639 bilhões. Portanto, os ganhos devem exceder os custos em R$ 916 bilhões, ou R$ 40,8 bilhões por ano.
Para o Norte do país, é esperado que o superávit dos ganhos em relação aos custos com a universalização dos serviços básicos seja o triplo do observado nos quinze anos anteriores, resultando em diversos benefícios socioeconômicos e ambientais para região – confira o estudo completo: https://tratabrasil.org.br/beneficios-economicos-e-sociais-da-expansao-do-saneamento-no-brasil.